História da Biblioteca

Instalada na ala nascente do Mosteiro dos Jerónimos, em edifício de traça recente, a Biblioteca Central de Marinha (BCM) é a sucessora da Biblioteca da Academia dos Guardas-Marinhas e da Biblioteca da Escola Naval, criada por decreto de 1835 de D. Maria II "para difundir... as luzes... na Classe de Marinha do Estado".

 

Em 1960, recebeu a designação de Biblioteca Central da Marinha, ficando a reger-se por um regulamento próprio como organismo na dependência do então Superintendente dos Serviços da Armada, estando, presentemente, na dependência do Diretor da Comissão Cultural da Marinha.

 

Os fundos da Biblioteca Central de Marinha têm várias proveniências, mas, no caso dos fundos antigos, é de salientar a importância dos recebidos das livrarias dos conventos das Ordens religiosas extintas em Portugal no ano de 1834. Conta com preciosas coleções de livros de Astronomia, Geometria, Aritmética, Geografia, Cartografia, História e outros assuntos. 

 

Importantes legados têm enriquecido o património da Biblioteca, de destacar, entre outros, os dos Almirantes Gago Coutinho e Teixeira da Mota e dos Comandantes Marques Esparteiro e Nunes Ribeiro que muito vieram enriquecer o vasto património já existente na Biblioteca em matéria de história náutica e de descobrimentos. Igualmente de sublinhar a existência de uma importante coleção de cartas geográficas, de cartas marítimas e de atlas, cujos mais antigos datam do século XVI e são exemplares únicos em bibliotecas nacionais.

 

Por tudo isto, a Biblioteca Central de Marinha é um importante centro bibliográfico e documental para o estudo de temas de História dos Descobrimentos e Expansão, Ultramar, Marinha e Assuntos do Mar.