Manuel Maria Baltazar nasceu na Lourinhã a 20 de novembro de 1927 e iniciou os seus estudos musicais com o maestro Augusto Carlos Franco, na Banda dos Bombeiros Voluntários da Lourinhã. Aos 18 anos ingressou na Banda da GNR, onde atingiu o posto de Primeiro-sargento como intérprete em saxofone.
Em 1970, por convite do Maestro Marcos Romão, prestou provas em concurso, sendo alistado na Armada no posto de Sargento-ajudante em 1975, também por concurso, foi promovido a oficial. Em 29 de Janeiro de 1976, assumiu a chefia da Banda da Armada.
No Conservatório Nacional, fez os cursos de saxofone, acústica, história da música, instrumentação e composição. Na Fundação Gulbenkian, frequentou dois cursos de direção de banda.
Fez inúmeras transcrições de orquestra para banda e procedeu a harmonizações e instrumentações do nosso folclore. É autor de várias obras musicais das quais se destaca o “Botão de Âncora” (premiada) e a suite “Madeira”.
Terminou a chefia da Banda da Armada em 04/11/1987 e, facto curioso, precisamente 60 anos após o seu nascimento.
No seio da Banda da Armada é de realçar, no ano de 1982, as deslocações à Ilha da Madeira e a França onde participou no Festival Internacional de Bandas Militares de Paris com mais 11 bandas de várias nacionalidades realizando um concerto no Cours de Rome da Gare Saint-Lazare, um desfile nos Campos Eliseos e ainda um tatoo efetuado na Praça da Concórdia, onde foi um dos três maestros estrangeiros convidados a dirigir o conjunto das bandas presentes no festival. Em 1983, integrada nas comemorações do Dia da Marinha, realizou concertos nas nove ilhas dos Açores.
Em 1986, a Banda participou, a bordo da “Sagres”, no aniversário da Rádio Renascença, em direto, através do programa “Despertar”. São ainda de destacar os concertos anuais do Teatro da Trindade; as comemorações do 5º Centenário da viagem de Pêro da Covilhã, na cidade da Covilhã e uma reportagem sobre a banda no jornal O Século.