António Fortunato de Sousa

António Fortunato de Sousa, ingressou na Banda da Armada como grumete músico e atingiu o posto de Primeiro-Tenente, desempenhando como oficial, simultaneamente, os cargos de subchefe da Banda e diretor do curso de clarins.

Não só na Banda da Armada, mas também no meio civil, distinguiu-se como exímio saxofonista, sendo de assinalar o facto de quando cursou o Conservatório Nacional ter sido premiado no final do curso, como o melhor instrumentista de sopro.

Natural do Montijo, Fortunato de Sousa dedicou-se ainda à composição, tendo escrito várias obras de feição popular e por vezes de acentuado casticismo espanhol.

No entanto, o seu nacionalismo está bem patente na maior parte das suas obras, através do tratamento que dá a vários temas populares portugueses, de entre os quais se distingue o popular «Vira», na fantasia que se inclui neste programa, e que se intitula «Ai Vira que Vira».
A Marcha dos Marinheiros, escrita por Carlos Calderon para o filme Bocage, foi introduzida na Banda da Armada pela mão do maestro Fortunato de Sousa que fez a adaptação para a Banda que a tornou popular por todo o país.