Praia Arenosa - Estuário do Sado

Os estuários são zonas de grande beleza natural, onde os rios se encontram com a água do mar. Fortemente condicionados pelas marés, são considerados como transição entre os habitats de água doce e os marinhos.

Os estuários funcionam como uma espécie de maternidade, ou seja, local de crescimento de juvenis de muitas espécies de peixes, como os robalos e douradas, que aí encontram as condições ideais de desenvolvimento no que respeita à alimentação e proteção.

Por outro lado, como o lodo ou a vasa não são tão permeáveis como a areia, a água, transportando o oxigénio e alimento, não circula facilmente, o que exige aos animais que vivem no substrato especiais adaptações para sobreviverem. No entanto, a variedade de animais continua a ser enorme, particularmente no que diz respeito a espécies que conseguem escavar galerias ou tocas onde passam a maior parte do tempo, abrigando-se das diferentes agressões do meio ambiente.


Viver no lodo ou na areia

O lodo ou a areia que constituem o substrato dos estuários não favorecem a fixação dos animais, obrigando aqueles que vivem sobre o fundo a desenvolverem especiais adaptações para sobreviverem. Algumas espécies escavam galerias ou tocas onde passam a maior parte do tempo, abrigando-se das diferentes agressões. Outras, como os linguados, aperfeiçoam técnicas de camuflagem, enterrando-se na areia, com a qual se confundem. 

Cerianto - Vive num tubo, que pode atingir 1 metro de comprimento e se encontra enterrado na areia, construído a partir de muco solidificado, a que se agregam partículas do fundo (grãos de areia, pedaços de concha, algas, etc). O animal move-se livremente dentro deste tubo, onde se refugia sempre que se sente ameaçado.
 

Vieira - Para se esconder no fundo, a vieira aproveita o esguicho de água que deita pela parte de trás da concha para abrir uma cova no sedimento. Em seguida abriga-se, cobrindo-se de grãos de areia ou vasa, conseguindo, assim, passar despercebida aos olhos dos inimigos.

Cenoura do mar - A cenoura do mar é um animal colonial, tal como os corais, as gorgónias e os leques-do-mar. Vive em fundos de areia, desde o limite inferior da maré baixa até zonas mais profundas, sendo capaz de se desenterrar quando coberta de areia e de se fixar novamente ao substrato quando desalojada. É constituída por um pólipo central, grande e carnudo, em forma de caule, cuja base se enterra na areia.

Cenoura do Mar

Vieira

Cerianto