Da Armada Real Para a Marinha Imperial

​As unidades e organismos que ficaram no Brasil e as que voltaram para Portugal
A obra tem autoria conjunta do Comandante Rodrigues Pereira, da Marinha Portuguesa e do Comandante Paulo Castro, da Marinha do Brasil e procura traçar a evolução da Armada Real, num estudo que resulta da cooperação entre a Comissão Cultural de Marinha e a Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha do Brasil.
Em Portugal, o desenvolvimento do comércio marítimo, nomeadamente com o Brasil, onde se iniciara a exploração do ouro e dos diamantes, por um lado, eas ameaças vada vez mais agressivas por parte dos corsários e piratas berberes e franceses, por outro, levaram o Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos, Martinho de Melo e Castro, a iniciar, com os poucos meios disponíveis, o desenvolvimento da Armada Real.
Constroem-se novos navios, modernizam-se outros no recém-construído dique do Arsenal da Marinha, organizam-se os quadros de pessoal e a sua formação, constroem-se novas infraestruturas e modernizam-se outras não só na metrópole como em várias parcelas do Império.
Por outro lado, o pessoal e os meios herdados pela Marinha do Brasil na Independência contribuíram para a rápida organização de uma esquadra que foi o principal instrumento para a manutenção da integridade territorial daquela nação durante a consolidação do Império do Brasil na primeira metade do século XIX.
Esta é uma obra que, sendo um projeto de cooperação entre as duas Marinhas, permitiu também consolidar os laços entre os dois povos.