Fragata «D. Fernando II e Glória» Restauro e Recuperação

​A Fragata D. Fernando II e Glória foi o último navio da Marinha Portuguesa que navegava inteiramente à vela e o último a percorrer a carreira da Índia, tendo conservado este propósito durante 11 anos.
Ao longo da sua história, a D. Fernando II e Glória foi tendo várias funções. De entre elas, destaca-se o facto de ter acolhido, a partir de 1945, rapazes sem família ou de famílias sem recursos, entre os 12 e os 16 anos, com o objetivo de facilitar o seu ingresso da Marinha Mercante ou na Marinha de Pesca.
Resistiu até 1963, altura em que, ao sofrer reparações, foi parcialmente destruída por um violento incêndio, a 3 de abril. O navio afundou-se em Cacilhas, de onde foi levantado pelos mergulhadores da Armada e levado para o Arsenal do Alfeite.
Em 1993 iniciam-se, nos Estaleiros Ria Marinha, em Aveiro, os trabalhos de restauro, por iniciativa da Marinha, com o apoio do Governo e do Presidente da República e ainda de numerosas entidades oficiais e particulares. Durante o processo de reconstrução, foi possível reutilizar cerca de 13% da madeira original, mantendo-se até aos dias de hoje.
O seu relançamento à água ocorreu em 1997 e o aumento ao efetivo dos navios da Armada data de 28 de abril de 1998, sensivelmente 35 anos depois do seu afundamento.